sexta-feira, 27 de junho de 2014

Redução de Danos foi tema de Fórum Estadual em Sorocaba

Alexandre Lombardi/ Secom
Mariana Antunes de Campos
macampos@sorocaba.sp.gov.br

Cerca de 100 pessoas participaram nesta sexta-feira (27) do “X Encontro do Fórum Estadual de Redução de Danos de São Paulo”, no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Promovido pelo Centro de Convivência É de Lei, o objetivo foi de apresentar e discutir as práticas no campo da Redução de Danos de Sorocaba e suas interfaces com todo o Estado de São Paulo.

De acordo com o Centro de Convivência É de Lei, o fórum é realizado a cada dois meses em uma região do Estado. “A nossa ideia é mapear e articular com os municípios, saber como estão trabalhando com a Redução de Danos, trocar experiências e fortalecer o trabalho de todos”, explicou o coordenador do projeto Bruno Gomes. Para ele, Sorocaba apresentou uma experiência muito singular. “Aqui existe um trabalho bastante integrado e a participação dos usuários de drogas nesses trabalhos é muito positivo”, comentou.

O encontro contou com a participação da médica infectologista Vilma Lúcia Carmona Gonçalves, que abordou o trabalho de Redução de Danos em Sorocaba; Luciana Surjus, coordenadora da Área de Saúde Mental da Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES), que falou sobre a Redução de Danos e a Saúde Mental; e a psicóloga Marta Meirelles, da ONG Pode Crer, falou sobre Redução de Danos, o trabalho da ONG Pode Crer e o Drop in. 

Já a Associação Lua Nova apresentou como funciona o Programa Entre Nós - Política Sobre Drogas de Sorocaba. “Tudo o que fazemos é oferecer relação, fazer proteção e desenvolver as potencialidades. Para tratarmos os usuários de droga tem que ter rede, ou seja, tem que ter troca e relação”, destacou Raquel Barros, presidente da entidade. Os participantes também puderam conhecer os Educadores Pares que atuam no município.

Em seguida, a vice-prefeita Edith Maria Di Giorgi, secretária de Desenvolvimento Social, abordou o trabalho prestado pela Sedes e as políticas públicas realizadas em Sorocaba. “Entre as ações, nós criamos uma vigilância socioassistencial, pois tínhamos a necessidade de ter uma base mais sólida, saber quais são as prioridades do município e qual o cenário que estamos trabalhando. Hoje temos dados”, explicou.

A vice-prefeita também falou sobre o trabalho das equipes para a gestão plena do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e a divisão territorial da cidade em três áreas: Norte, Oeste e Leste/Sul. “Nós buscamos uma articulação territorial para a construção de uma política municipal de assistência social de qualidade. E atuando no social potencializamos todas as áreas, melhorando as condições sociais das famílias sorocabanas”, destacou.

Edith abordou as ações da política de assistência social, como o Cadastro Único (CadÚnico), Proteção Social Básica, Proteção Social de Média e Alta Complexidade, transferência de renda, capacitação das equipes; e o trabalho de Defesa de Direitos, desenvolvido pelas coordenadorias criadas pelo Governo Municipal, entre elas, a Coordenadoria da Política sobre Drogas. “Estamos vivendo um momento interessante, no qual os paradigmas estão mudando no trabalho social. O usuário de droga não é mais um indigente, é uma pessoa que tem todos os direitos e deve ser ouvido e respeitado”, finalizou.

Por último, Gisele Ximenes, da Defensoria Pública, falou sobre o seu trabalho do órgão, No encerramento, foi realizada uma discussão entre grupos. 

Alexandre Lombardi / Secom